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terça-feira, 2 de março de 2010
Parque do Desengano empossa conselho consultivo
O conselho conta com a participação de 29 instituições governamentais, organizações não governamentais e representantes do setor privado. Um dos desafios do grupo será a
revisão do Plano de Manejo do Parque, que antes era totalmente restritivo, objetivando o incremento do ecoturismo naquela região.
O Instituto Estadual do Ambiente (Inea), órgão executivo da Secretaria do Ambiente, por meio da Diretoria de Biodiversidade e Áreas Protegidas, tem reestruturado e formado os conselhos consultivos de todas as Unidades de Conservação, de forma ampla e participativa.
O Parque Estadual do Desengano, primeiro parque estadual do Rio de Janeiro, abrange uma área de 22.400 hectares (224 quilômetros quadrados) e constitui o último remanescente contínuo de Mata Atlântica numa ampla região formada por uma cadeia de montanhas de excepcional beleza e que gerou o primeiro guia de trilhas da região.
Os domínios se estendem pelos territórios dos municípios de Santa Maria Madalena, situado na Região Serrana, e de Campos dos Goytacazes e São Fidélis, no Norte Fluminense.
Na paisagem, sobressaem o Pico do Desengano, com altitude de 1.750 metros, o Pico São Mateus, com 1.576 metros, e o Pico Pedra Agulha, com 1.080 metros. Numerosos cursos d’água têm nascentes no interior do parque, sendo alguns responsáveis pelo abastecimento dos municípios por que passam.
São também atrativos do parque a exuberância de cenários naturais e numerosas cachoeiras, como Vernec, Bonita e Tromba d’Água.
O parque apresenta ainda os campos de altitude mais conservados do estado, se comparados com os de Itatiaia, Frade, Morro do Cuca e Antas. O Clube de Observadores de Aves (COA) do Rio de Janeiro vem estudando as aves do Desengano desde 1985, tendo sido encontradas na região cerca de 410 espécies, evidenciando a alta biodiversidade.
Muitas estão ameaçadas de extinção, como jacutinga, macuco, gavião-pomba, gavião-pato, jacu e outras, como inhambu, araponga, gavião-pega-macaco e papagaio-chauá.
Em julho de 1999, foi encontrado também o mono-carvoeiro ou muriqui, igualmente ameaçado. A descoberta do primata atraiu a atenção da comunidade científica nacional e internacional e motivou investimentos em pesquisa e atividades conservacionistas, a exemplo do que vem sendo realizado com o mico-leão-dourado nas reservas biológicas de Poço das Antas e da União.
O Horto Florestal Santos Lima fica na Avenida José Dantas dos Santos, nº 33, Bairro Parque Itaporanga, Santa Maria Madalena. (por Ascom do Inea)